Do Gueto para a Cidade

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Gueto é um dos grafiteiros aqui de São Paulo que enriquecem e fortalecem o cenário brasileiro com suas cores e formas. Ele começou a pintar em 1998 fazendo pichações para, logo em seguida, migrar para as maravilhosas letras redondas dos bombings.

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Santista roxo e amante do esporte, Gueto usa muito látex nos seus trampos e abusa das cores. Por falar nisso, vale destacar que o látex é bem típico aqui do Brasil e foi o elemento principal da nossa cena, ressaltando o estilo e a identidade dos brasileiros.

O bombing de Gueto se dá por várias linhas circulares, mantendo a característica e a verdadeira essência do graffiti.

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Ele próprio descreve que “pintar na rua é como um jogo de xadrez. É tático, difícil… vacilou, xeque-mate!”. Com esse lema, Gueto bombardeia a cidade cada vez mais com suas cores e formas.

O grafiteiro faz parte da P.V, L163 (uma referência à um artigo do código penal brasileiro), ADEP’S. Na verde, trata-se de uma grande família que auxilia os artistas na busca por referências, estudando e melhorando os seus traços.

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Além de São Paulo, Gueto também tem trabalhos irados espalhados pelo mundo.

Separamos um vídeo bem legal que mostra um pouco dos graffitis que ele criou em Barcelona, na Espanha. Se liga só:

[su_vimeo url=”https://vimeo.com/31800918″]VIDEO[/su_vimeo]

Em relação à cena nacional, também achamos uma outra produção animalesca.

No vídeo a seguir, Gueto e Pran “destroem” fazendo um trabalho sinistro para a marca Hubik, fortalecendo cada vez mais a cena do Brasil.

[su_vimeo url=”https://vimeo.com/122007941″]VIDEO[/su_vimeo]

Por estar a bastante tempo vivendo e respirando a arte de rua, ele percebeu algumas mudanças na cena do nosso país. Confira a seguir um trecho de uma entrevista bem legal que ele deu para o “Subsolo Art“:

“Mudou muita coisa (desde que comecei), difícil é saber o que prevalece. Aqui no Brasil, embora tenhamos alguns ótimos writers/artistas, cada vez mais se perde a identidade. Basta olhar os graffitis dos anos 90 e os de hoje.

Com muito menos informação e qualidade de material, éramos muito mais criativos e originais. A “globalização” do graffiti através da internet sem dúvidas é a principal culpada dessa perda de identidade. Parece que se preocupam primeiro em fazer qualquer coisa pra poder aparecer rápido e depois, talvez buscar evoluir. Porém acho natural… tudo que cresce muito acaba sofrendo com isso, em qualquer setor da sociedade.

Além de tudo isso, o graffiti acabou deixando de ser apenas um hobby pra ser também usado por alguns como um meio de, através da técnica utilizada, desenvolver projetos paralelos e, para outros, usarem a nomenclatura se aproveitando da aceitação da sociedade (o que não costuma ocorrer em outros países) e do “boom” que ele gerou aqui para apenas ganhar dinheiro.

Isso faz com que alguns novos writers tenham a visão distorcida sobre o que é o graffiti realmente e acabem entrando pra esse mundo tendo como objetivo fazer trabalhos para expôr em galerias, e não o principal, que é pintar na rua.”

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