Um dos nossos nomes favoritos do grafite é o Broken Fingaz. Hoje vamos mostrar um pouco mais do trabalho sensacional que eles desenvolvem.
O Broken Fingaz é um grupo de quatro artistas de Israel. Nós já falamos sobre um projeto deles chamado “Journey Galactiko” algum tempo atrás (veja AQUI).
No post de hoje, faremos um overview geral de toda a carreira do grupo.
O Broken Fingaz foi fundado em 2001 e tem como membros Unga, Kip, Tant e Deso.
Eles têm trabalhado ativamente no mundo da arte, com projetos que passam pelo design gráfico, animação, grafite, música, filmes e instalações.
O trabalho dos caras já foi exibido em grandes galerias do mundo todo em cidades como Tel Aviv, Londres, Berlim, Amsterdam, St. Petersburgo, Tóquio e Viena.
A estética visual dos desenhos do Broken Fingaz baseia-se na cultura sem raízes da sua terra natal.
Eles criaram uma identidade visual que representa uma geração inteira de jovens israelenses que se identificaram com a arte, num Oriente Médio com cenário problemático.
Porém as influências do grupo não param por aí. Após mais de uma década viajando ao redor do mundo, eles também incorporaram elementos do ocidente em suas criações.
Linhas grossas e cores ácidas fazem parte do estilo do Broken Fingaz, que faz uma forte alusão às ilustrações dos comic books dos anos 80.
Os vários temas que eles abordam exploram assuntos como sexo e morte, mas colocados como um meio para entender a natureza e a condição humana.
O Broken Fingaz costuma confrontar seus espectadores com imagens controversas e sexualmente explícitas.
É um confronto em que eles expõem o lado podre da humanidade e os desejos suprimidos dessa escória que é representada.
É comum vermos o desmembramento de corpos e membros e esqueletos mutilados nas obras do Broken Fingaz. A intenção não é (apenas) chocar, mas sim mostrar a necessidade de compreender o corpo físico e o lado invisível da nossa corporalidade.
Tanto nas questões de estilo quanto de relevância, o trabalho do Broken Fingaz é altamente inspirado pela xilografia japonesa “Shunga”.
Humorística, enigmática e misteriosamente, as imagens alucinógenas das criações dos caras provocam uma reação visceral que perturba o convencional e o que é considerado normal.
Neste sentido, o trabalho do grupo representa um retorno à verdadeira arte pública subversiva. Uma prática em que um dos princípios fundadores era o de minar as bases da ordem social.
Tanto pela atitude, quanto pelo estilo e a técnica que utilizam, o Broken Fingaz merece o reconhecimento que possue.
Pra conhecer melhor o trabalho dos caras, dá uma olhada no site oficial e no Facebook deles.
Aliás, pra fechar o post, a gente também recomenda que vocês deem uma olhada na página dos caras no Vimeo. É um vídeo mais insano que o outro.
Separamos dois pra vocês assistirem aqui:
